Inteligência Artificial
O papel da IA no dia-a-dia dos times de marketing
Entre promessas de produtividade e dúvidas sobre criatividade, a inteligência artificial deixou de ser um tema de futuro e passou a fazer parte do dia a dia das empresas. Veja os destaques do último evento.
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Entre promessas de produtividade e dúvidas sobre criatividade, a inteligência artificial deixou de ser um tema de futuro e passou a fazer parte do dia a dia das empresas (inclusive daquelas que lidam com setores altamente regulados, como o financeiro e o farmacêutico).
Mas o que muda quando a IA entra na rotina de quem cria, comunica e lidera times de marketing?
Esse foi o ponto de partida do painel realizado pela weme e BRQ Digital Solutions, que reuniu Renata Rinaldi, Gerente de Mrketing do banco BV, e Rafaela Konstantyner, Content & Design Coordinator da Pfizer, para uma conversa real sobre aprendizados, desafios e impacto da IA dentro dos seus times.
Mais do que discutir ferramentas, o encontro trouxe uma reflexão sobre como manter a essência humana em meio à automação, e como transformar experimentação em cultura organizacional.
Confira os destaques:

Fotos por Michelle Satie
Resiliência e experimentação andam juntas:
A adoção da IA não é só técnica, é cultural. Exige disposição para testar, errar e aprender continuamente.
“É um processo de engajamento, de mostrar que lá no fim do arco-íris tem um pote de ouro”, Renata Rinaldi.
Ferramentas certas, no tempo certo
Nem tudo precisa ser complexo. As líderes destacaram a importância de escolher ferramentas de menor risco e alto ganho, equilibrando governança e velocidade.
Enquanto a Pfizer tem o Copilot e o Vox como aliados, o BV aposta no House Bot, desenvolvido internamente com base em Vertex (Google) e integrado à cultura da marca.
A liderança como alavanca da transformação
Tanto em bancos quanto em farmacêuticas, o papel das lideranças é essencial: incentivar a curiosidade, garantir segurança psicológica e manter o time engajado mesmo nos tropeços do aprendizado.
“As lideranças têm que estar compradas. E nunca deixar a galera desistir.” — Renata Rinaldi
Criatividade continua sendo humana
Mesmo com ferramentas avançadas, a criatividade segue no olhar técnico, na curadoria e na sensibilidade de quem cria.
“A IA pode gerar cinco respostas ruins, três boas e uma ótima — mas só o olhar criativo sabe qual é qual.” — Rafaela Konstantyner
Propósito como norte
Mais do que produtividade, o uso de IA deve manter a essência da marca e o propósito de quem comunica. “A tecnologia só faz sentido quando ajuda a fortalecer o que nos move”, concluiu Rafaela.
E, ao final, no momento de perguntas e respostas rendeu ainda mais discussões:
💬 Como lidar com a resistência do time?
Com proximidade e reconhecimento. Times engajam quando percebem propósito e têm espaço para contribuir. Mostrar pequenos resultados e valorizar as descobertas de quem testa é o que mantém a energia viva.
💬 A IA ameaça a criatividade?
Pelo contrário. Ela libera tempo para que profissionais se dediquem ao que é mais estratégico — pensar, refinar, criar com alma. Como disse Rafaela: “A IA automatiza o que é repetitivo para dar espaço ao que é essencialmente humano.”
💬 E a segurança dos dados?
Governança é palavra de ordem. As empresas estão estruturando políticas rígidas e criando soluções próprias para evitar riscos e manter a integridade das informações.
💬 Qual é o impacto real nos resultados?
Mais produtividade, sem perder qualidade. No BV, o volume de produção cresceu 50% com apoio da IA. Já na Pfizer, o foco está em usar tecnologia para apoiar indicadores estratégicos do negócio, e não apenas eficiência operacional.
O futuro da comunicação não é sobre substituir pessoas por máquinas, mas ampliar o potencial humano com tecnologia, propósito e repertório.
A IA é uma aliada poderosa, mas o que segue movendo o mercado são as pessoas que experimentam, questionam e aprendem rápido.
Quer assistir bate papo completo? Acesse:
