Tecnologia

A arquitetura por trás de um bom onboarding

Um bom onboarding começa com infraestrutura resiliente.

Publicado em

28 de maio de 2025

28 de maio de 2025

No mundo dos serviços digitais, a abertura de uma conta, o cadastro em um aplicativo ou a contratação de um serviço é, para muitos usuários, o primeiro momento de contato com uma marca. E como toda primeira impressão, essa etapa inicial carrega um peso estratégico que vai muito além da interface visível.

Embora aparente ser uma simples sequência de formulários, validações e cliques, o onboarding é uma das engrenagens mais críticas da jornada do cliente. E, quando mal planejado, pode comprometer o vínculo de confiança antes mesmo que ele comece a se formar.

Nos bastidores, há uma orquestração sofisticada de infraestrutura, integrações, segurança e experiência. É essa combinação que determina se o processo será fluido, confiável e seguro — ou se se tornará um gargalo silencioso que afasta potenciais clientes.

Por que o onboarding ainda pode ser um ponto de fricção?

Apesar dos avanços em design e tecnologia, muitas jornadas digitais continuam exigindo etapas redundantes, solicitações de dados desnecessários e processos manuais de verificação. Altas taxas de abandono, experiências frustrantes e oportunidades perdidas de conexão com o usuário são o resultado evidente.

A raiz do problema, na maioria das vezes, não está na tela, mas na arquitetura, que pode se tornar um facilitador direto da experiência.

Um bom onboarding começa com infraestrutura resiliente: Plataformas como AWS, GCP e Azure oferecem elasticidade para lidar com picos de tráfego; Orquestrações com Kubernetes garantem que atualizações e falhas pontuais não prejudiquem a continuidade do serviço; CDNs asseguram que imagens e dados sejam carregados com rapidez, mesmo em localidades com conectividade limitada.

E quando mudanças precisam ser testadas, feature flags e canary deployments permitem experimentação segura, sem comprometer toda a jornada.

Integrações são o novo diferencial competitivo

A fluidez percebida por quem se cadastra em poucos minutos é resultado de uma rede de sistemas bem conectados. APIs internas e serviços externos (como biometria facial, validação de documentos, bureaus de crédito e bases governamentais) tornam o processo mais inteligente.

Para isso, é necessário desempenho: respostas lentas ou falhas na comunicação entre sistemas ainda são grandes causas de abandono.

A resiliência técnica se torna, portanto, uma aliada do marketing e da experiência. Retentativas automáticas, fallback inteligente e monitoramento em tempo real são ferramentas indispensáveis.

Quando algo falha, a pessoa usuária não precisa perceber, e o suporte só é acionado quando realmente necessário.

Segurança como fundamento da experiência

Se o onboarding é a porta de entrada, a segurança é o alicerce.

Desde o primeiro clique, dados sensíveis são compartilhados: documentos, endereços, dados bancários. A resposta a esse risco não pode ser apenas mais barreiras. Ela precisa estar integrada à experiência.

Criptografia ponta a ponta, autenticação por múltiplos fatores, detecção de bots, políticas de acesso contextual e conformidade com normas como LGPD, GDPR e Open Finance não são mais opcionais. São pré-requisitos, e precisam ser invisíveis para quem usa.

Quando bem implementada, a segurança deixa de ser um entrave e passa a ser uma das maiores fontes de confiança.

Casos que mostram o caminho

Exemplos de boas práticas que temos no mercado:

  • A fintech Jota, voltada para pequenos negócios, eliminou a necessidade de uploads e formulários longos por meio de uma integração com a unico IDtech, que permite o preenchimento automático de dados com base no CPF. A fricção foi substituída por inteligência.

  • O Itaú Unibanco por sua vez, possibilita a abertura de conta PJ diretamente no app do cliente PF, reutilizando dados existentes, validando o CNPJ e autenticando por biometria em menos de 4 minutos.

  • O C6 Bank apostou em um fluxo conversacional com chatbot, reconhecimento facial e verificação documental com IA. Resultado: maior taxa de sucesso na primeira tentativa e suporte acionado apenas em casos específicos.

Por trás de cada exemplo, um ponto em comum: infraestrutura sólida, integração eficiente e intenção clara de entregar valor desde o primeiro clique.

Como nós fazemos aqui na weme?

O verdadeiro desafio do onboarding não é apenas técnico, mas organizacional também.

Em muitos projetos que acompanhamos na weme, o maior entrave está na falta de articulação entre áreas como jurídico, compliance, marketing, produto, tecnologia e dados. Quando essas disciplinas atuam de forma isolada, a jornada se fragmenta.

Por isso, acreditamos que operar com equipes multidisciplinares, seguindo a tríade de produto (para unir negócio, tecnologia e design), garante que as soluções sejam desejáveis, viáveis e factíveis, desde a concepção até a implementação.

Mais do que repensar telas, nossa atuação combina benchmark, estratégia, engenharia e experiência para construir jornadas que podem ser hiperimplementadas no dia seguinte: soluções que saem do papel com agilidade, sem perder profundidade ou gerar retrabalhos.

Estamos co-criando com nossos clientes soluções que conectam tecnologia, experiência e estratégia com impacto desde o primeiro clique.

Se você quer explorar como sua empresa pode transformar essa etapa em uma alavanca real de valor, fale com o nosso time.